O dia 7 de abril entrou pra história! O Foo Fighters subiu ao palco pontualmente, às 20h30 e fez nada menos do que 2h35 de show! Poucos dias antes, tinha lido na revista Rolling Stone a entrevista com o vocalista e guitarrista da banda, Dave Grohl, na qual falou sobre o nódulo que tem nas cordas vocais, e que o fez cancelar até mesmo alguns shows. Mas nesse dia, tive a certeza de que o Dave esqueceu de todos os seus problemas, cantando e gritando muito, se doando ao máximo em cada música.
A música que abriu o show, ‘All my life’, não podia ter sido mais oportuna:
'All my life I've been searching for something
Something never comes, never leads to nothing
Nothing satisfies, but I'm getting close
Close to the prize at the end of the rope'
(Toda minha vida estive procurando por algo
Algo que nunca vem, nunca me leva a nada
Nada me satisfaz, mas estou chegando perto
Perto do prêmio no fim da linha)
Há uns tempos atrás, li um artigo de um jornalista que comentava sobre um show dessa turnê. Ele dizia que o Dave havia se tornado tudo aquilo que o Kurt Cobain não quis ser: um guitar hero. Aqui, faço uma ressalva: Kurt quis ser um astro do rock, porém ele era uma pessoa extremamente frágil, que não tinha força suficiente para lidar tudo isso. Ele, então, sucumbiu em sua fragilidade, pois a pressão foi muito grande para suportar. Já o Dave é uma pessoa diferente; é forte emocionalmente para levar essa responsabilidade de comandar uma banda aclamada mundialmente. Mas tenho certeza que de onde estiver, Kurt tem muito orgulho do patamar atingido pelo seu amigo e companheiro da época do Nirvana.
Na entrevista da Rolling Stone, Dave também disse que tinha muita sorte por ter podido participar de duas grandes bandas de rock: o Nirvana e o Foo Fighters. Não Dave, sorte temos nós, de podermos ter você de volta, e agora em uma posição que você faz questão de honrar em todos os seus shows.
O momento mais emocionante foi durante a música ‘Best of you’. Antes de começar a música, Dave falou que queria que nós cantassemos o mais alto que conseguíssemos, e mais uma vez, foi atendido. O público cantou boa parte da música, sem a banda, sob o olhar encantado de Dave Grohl. Inesquecível. Se você não viu, veja. Se já viu ou se estava lá, se arrepie e se emocione mais uma vez.
A participação, ainda que previsível, da lendária vocalista, Joan Jett, só acrescentou mais gás na apresentação verdadeiramente rock ‘n roll. Dave também realizou um sonho meu (e de tantos outros fãs do Nirvana que estavam lá), ao assumir a bateria (como nos velhos tempos do Nirvana) enquanto o baterista, Tom Hawkes, o substituía nos vocais. Ainda não consegui ouvir as músicas do Foo Fighters sem sentir saudades. Talvez eu nunca consiga.
Eu podia falar aqui até amanhã sobre o show, mas cheguei a conclusão de que tudo isso foi indescrtivel, impossível de ser esquecido ou repetido. Eles deram o melhor de si. Nós também demos o nosso melhor. Respeito e carinho mútuos. Sintonia pura. This is the real rock’n roll, baby.
Foo Fighters, nós já estamos sentindo a sua falta.
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