segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Trilogia Millenium - parte 1


Subtítulo: As possíveis visões (equivocadas) sobre a história que serve de pano de fundo para a trilogia

Eu fiquei muito tempo imaginando qual seria o meu primeiro post (tirando o de apresentação). Imaginei temas, debates e coisas do gênero, até que pesquisando no Google os possíveis horários alternativos para ver o primeiro filme da trilogia Millenium (que em inglês leva o nome de "A menina do dragão tatuado", mas que na tradução francesa que parte do original em sueco é "Os homens que não amavam as mulheres") me deparei com algumas afirmações sobre a trilogia, em especial sobre o primeiro volume, que me deixaram um tanto incomodada. Como podemos ler na contracapa dos livros da trilogia, seu escritor, o sueco Stieg Larsson, faleceu logo após entregar a obra Millenium completa a uma editora. Portanto, ele infelizmente não está mais aqui para debater conosco, humildes leitores, sobre suas motivações e intenções que o levaram a colocar toda essa história no papel. Analisando algumas coisas que li sobre Larsson, me atrevo a dizer que ele, um jornalista influente e que se classificava como ativista político, tinha inúmeras intenções ao escrever uma história tão bem amarrada como esta. Partindo da ficção como pano de fundo, Larsson denuncia uma série de abusos, desde aqueles cometidos pelas instituições que compõem um Estado – sendo que muitas delas se apóiam na desobediência da Lei para protegerem seus interesses ; passando pela sujeira que as guerras deixam atrás de si, até o comportamento sádico e destrutivo que motivam homens perturbados e misóginos a torturarem físico e psicologicamente as mulheres – já que muitos homens as consideram inferiores e indefesas. Esse tipo de comportamento arcaico ocorre freqüentemente no cotidiano de sociedades evoluídas econômica e politicamente (acreditem se quiser, as estatísticas relatadas no livro são verídicas). Ou seja, Larsson, através da história que ele construiu ao redor da Millenium, busca abrir nossos olhos diante de tudo aquilo que a gente olha, mas não vê. Todos aqueles abusos a que as pessoas ao nosso redor estão expostas e nós não percebemos ou não fazemos nada para não se complicar nem “sujar as mãos”. E dentro de tudo isso, o autor criou uma história que serve de ilustração para o que ele tenta nos mostrar. Obviamente, não podemos confundir ficção com a realidade (mesmo que muitos de nós tenha criado afeto e sentimento de proteção por Lisbeth, ou tenha se sentido honrado pelas matérias que o Super-Blomkvist tenha publicado para jogar na lama os grandes vilões da economia sueca). Da mesma forma que nós vivemos sem olhar a fundo aquilo que nos cerca, muitas pessoas têm lido esse fenômeno literário sem entender realmente qual é a mensagem que Larsson quer nos passar. Por isso resolvi escrever esse post, para tentar dissipar a neblina que cerca a história fictícia para que essas pessoas que ainda não entenderam, possam perceber que por trás de todo o drama vivido por Lisbeth e Blomkvist, estão as mesmas instituições (governamentais, policiais, sociais e de saúde) que existem à nossa volta e acabam fazendo da nossa vida aquilo que lhes é mais conveniente.

Ps: Alguém já disse que “de perto, ninguém é normal”, mas ainda assim, não devemos desligar os sensores, pois um simples computador pode revelar segredos enterrados de pessoas cujas quais nunca podíamos imaginar qualquer atividade desabonadora.

Prazer em conhecê-los, futuros leitores

Boa noite, meus caros,


Já faz mais ou menos um mês que criei um blog e até agora, nada. Ele continuava em branco. Separei num caderninho algumas idéias (sim, eu ainda vou escrever na ortografia antiga por pura teimosia, mas saibam que fui obrigatoriamente apresentada à ela graças aos meus queridos alunos do 7º ano que estão condenados a decorá-la) a partir das quais pensava em assuntos para desenvolver aqui. Fiquei enrolando, lendo algumas coisas, refletindo sobre outras, quando hoje resolvi colocar esta "bagaça" (desculpem-me o mau jeito!) para funcionar! E cá estou. Não tenho em mente escrever sobre meus assuntos pessoais, embora saiba que muito provavelmente um pedaço da minha vida estará exposta aqui, porém a minha intenção é discutir assuntos que fazem parte do cotidiano, sejamos nós estudantes (como eu), estágiários (como eu) ou com qualquer outro tipo de (des)ocupação que podemos encontrar pelo caminho. E vamos nessa! Quem quiser, está convidado a acompanhar! Sejam bem-vindos!